MÁRTIRES PELA EUCARISTIA E PELO PAPA
9 de julho — Os Mártires de Gorkum
Testemunhas da Fé até o fim
Vida
No dia 9 de julho de 1572, dezenove santos deram sua vida por Cristo na cidade de Gorcum (ou Gorkum), na Holanda. Eles eram padres, religiosos e leigos fiéis à Igreja Católica durante a perseguição calvinista. O grupo incluía franciscanos, dominicanos, cônegos regulares, um sacerdote secular e um leigo terciário franciscano. Todos foram presos, humilhados, torturados e finalmente enforcados por se recusarem a negar duas verdades da fé católica: a presença real de Cristo na Eucaristia e a autoridade do Papa.
Esses mártires, guiados pelo superior franciscano frei Nicolau Pieck, encorajavam-se mutuamente no cárcere, rezavam o ofício divino e se preparavam com fervor para o martírio. A maioria foi presa na cidade de Gorkum e levada a Brielle, onde enfrentaram o julgamento pelos calvinistas.
Mesmo diante de falsas promessas de libertação se apostatassem da fé católica, todos permaneceram firmes, declarando até o último momento sua fidelidade à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
Acontecimentos Místicos e Milagres
Durante o cativeiro, os algozes tentavam convencer os prisioneiros de que a Eucaristia era apenas um símbolo, mas os mártires professaram com firmeza sua fé na presença real de Cristo. O testemunho dos franciscanos, principalmente Frei Nicolau, causava profunda comoção inclusive entre os inimigos, que mais de uma vez hesitaram em executá-los.
O martírio ocorreu de modo cruel e humilhante, mas logo após, foram relatadas curas e conversões por intercessão dos mártires de Gorkum. Em particular, no local de seu suplício, começaram a acontecer graças e sinais sobrenaturais.
Ao longo dos séculos, sua sepultura tornou-se lugar de peregrinação, e diversas curas extraordinárias foram registradas.
Eles foram canonizados pelo Papa Pio IX em 1867, como mártires da Eucaristia e da unidade da Igreja.
Exemplo para a Igreja Doméstica
“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.” (II Timóteo 4, 7)
Os Mártires de Gorkum ensinam aos lares católicos de hoje o valor supremo da fidelidade à verdade, mesmo quando tudo parece desmoronar. Eles preferiram morrer a negar a presença real de Jesus na Eucaristia — o mesmo Jesus que habita silenciosamente nos altares domésticos da Igreja fiel remanescente.
Num tempo em que o culto eucarístico é desprezado até por muitos que se dizem católicos, os Mártires de Gorkum são faróis que apontam para a centralidade do Sacrifício do Altar e da obediência ao sucessor legítimo de Pedro — ainda que este seja odiado e perseguido, como foi Bento XVI.
Se hoje a Igreja visível se tornou hostil à Verdade, a Igreja invisível que vive nos lares católicos deve aprender com os Mártires a suportar tudo, a perdoar e a não negar Cristo em nenhuma circunstância.
Oração
Ó gloriosos Mártires de Gorkum, vós que enfrentastes com coragem a prisão, os insultos e a morte por amor à Santíssima Eucaristia e à Santa Igreja, alcançai-nos a graça de nunca vacilarmos na fé. Vós que não temestes os inimigos de Deus e preferistes o Céu a todos os confortos do mundo, fortalecei os nossos lares católicos nesses tempos de apostasia e perseguição. Pela vossa intercessão, que as nossas igrejas domésticas sejam altares vivos de adoração ao Santíssimo Sacramento, e que nunca, jamais, traíamos a verdade revelada por Nosso Senhor.
Mártires de Gorkum, rogai por nós!
Meditação do dia
“Se é por amor à Eucaristia que morremos, então morremos felizes.”
— Frei Nicolau Pieck, franciscano, antes do martírio
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