O menino de pé quebrado, o rosário e o Papa
Um carro seguia pela estrada que ia de Anagni em direção a um castelo de Carpineto, na Itália. Dentro do carro ia um jovem distinto da nobreza Romana, chamado Joaquim, e seu preceptor.
De repente eles ouvem gemidos e param.
Encontram um pobre pastorzinho a gemer com um dos pés todo ferido e ensanguentado.
O pobre menino chorava e, com o Terço nas mãos implorava a proteção de Nossa Senhora do Rosário.
— Que te aconteceu? - perguntou o fidalgo
O menino respondeu:
— Um carro me passou por cima deste pé e sofro horrorosamente aqui, atirado à beira da estrada…
O moço fidalgo, muito comovido, desceu do carro, foi a um regato ali próximo, trouxe água no chapéu, banhou as feridas, amarrou-as com um lenço umedecido.
— E onde moras meu pequeno?
— Lá naquele morro…
— Mas não poderás caminhar até lá, vamos levar-te primeiro a Carpineto onde farás o tratamento desse pé ferido, e depois te levaremos à tua casa.
O pequeno foi transportado ao carro com todo cuidado e carinho.
— Joaquim, diz o Mestre, que vai fazer rapaz?
— O que todo cristão deve fazer. Hei de abandonar aqui este pobrezinho?!…
Ao chegar ao Castelo, a mãe de Joaquim alegrou-se ao ver o bom coração do filho.
Recebeu nos braços o pastorzinho e lhe deu logo um bom quarto.
Chamaram o médico da família e o menino foi atendido.
Algumas horas mais tarde o carro do Castelo transportava o ferido à sua choupana.
Joaquim foi levá-lo e já lhe havia dado uma boa esmola e alguns presentes.
A mãe do menino, uma pobre camponesa, chorava comovida e profundamente grata:
- Ó meu bom moço que hei de fazer para vos provar o meu agradecimento? Nossa Senhora do Rosário vos abençoe e vos pague! Só tenho o meu Rosário, só este Rosário e eu o rezarei muitas vezes na vossa intenção. É a gratidão desta pobre viúva. Meu Terço vos há de tornar feliz!
O moço fidalgo caridoso era Joaquim Pecci. Mais tarde foi o Padre Joaquim Pecci. Depois o Cardeal Pecci e finalmente Leão XIII, o Papa do Rosário, o Papa que instituiu outubro o mês do Rosário.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
(Monsenhor Ascânio e Prof. Emílio)
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